Em uma coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira (21), a polícia revelou detalhes da “Operação Mordaça”, que prendeu sete pessoas envolvidas na divulgação de notícias falsas e extorsão de vítimas no município de Borba, no interior do Amazonas.
Conforme o delegado Jorge Arcanjo, o grupo agiu por meio de perfis falsos no Instagram e escolhiam as vítimas aleatoriamente. Durante os golpes, eles publicavam acusações de traições, afirmavam que as vítimas tinham HIV e quando eram procurados por elas, cobravam de R$50 a R$ 200 para remover a publicação.

“Eles abriram uma caixinha de pergunta e de forma aleatória, na medida que as pessoas iam mandando afirmações a respeito de moradores do município de Borba, eles sem nenhum critério, sem nenhum filtro, divulgavam essas informações, inclusive com imagens. Desde relacionamentos extraconjugais, à pessoas que porventura ou por acaso estariam infectadas com vírus HIV. Eles cobravam entre 50 e 200 reais”, destaca.

Os alvos eram os mais variados, homens, mulheres e até instituições religiosas. “Desde anônimos, pessoas simples do município, era sem nenhum filtro, até autoridades religiosas, eles atacaram a igreja como instituição e um padre também. Um dos perfis, chegou a extorquir uma vítima exigindo favores sexuais, exigindo que ela mantivesse relação sexual com qualquer munícipe que essa página indicasse. Isso foi na semana da operação, ou seja, a prisão fez com que essa mulher não mantivesse essa relação que ela aceitaria diante da vulnerabilidade para não não tivesse mais o seu nome veiculado”, enfatiza.
O delegado conta que após as primeiras denúncias, várias outras vítimas foram aparecendo. Em um único dia, foram 60 denúncias registradas contra o grupo. Sete pessoas foram presas durante as duas fases da operação, na primeira foram três presos e na mais recente, ocorrida nesta semana, foram mais quatro, entre elas uma mulher.
Veja o momento das prisões