Investigação Archives - Jornal AM Digital https://jornalamdigital.com/category/investigacao/ Seu Jornal Digital! Wed, 26 Feb 2025 20:56:42 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.7.2 https://i0.wp.com/jornalamdigital.com/wp-content/uploads/2025/01/cropped-Icone-Jornal-AM-DIGITAL.png?fit=32%2C32&ssl=1 Investigação Archives - Jornal AM Digital https://jornalamdigital.com/category/investigacao/ 32 32 240476381 Empresa suspeita de fraudes em contratos de merenda escolar recebeu mais de R$ 30 milhões na gestão de David Almeida https://jornalamdigital.com/empresa-suspeita-de-fraudes-em-contratos-de-merenda-escolar-recebeu-mais-de-r-30-milhoes-na-gestao-de-david-almeida/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=empresa-suspeita-de-fraudes-em-contratos-de-merenda-escolar-recebeu-mais-de-r-30-milhoes-na-gestao-de-david-almeida https://jornalamdigital.com/empresa-suspeita-de-fraudes-em-contratos-de-merenda-escolar-recebeu-mais-de-r-30-milhoes-na-gestao-de-david-almeida/#respond Wed, 26 Feb 2025 20:56:37 +0000 https://jornalamdigital.com/?p=1321 O foco da investigação é o empresário Augusto Chaves Coimbra, dono da A Coimbra-EPP, que fornecia gêneros alimentícios para a rede pública de ensino A operação “Sem Sabor”, deflagrada pela Polícia Federal nesta terça-feira (25), investiga um esquema de fraudes na dispensa de licitações e desvio de recursos públicos na aquisição de merenda escolar em Manaus. O foco […]

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O foco da investigação é o empresário Augusto Chaves Coimbra, dono da A Coimbra-EPP, que fornecia gêneros alimentícios para a rede pública de ensino

A operação “Sem Sabor”, deflagrada pela Polícia Federal nesta terça-feira (25), investiga um esquema de fraudes na dispensa de licitações e desvio de recursos públicos na aquisição de merenda escolar em Manaus. O foco da investigação é o empresário Augusto Chaves Coimbra, dono da A Coimbra-EPP, que fornecia gêneros alimentícios para a rede pública de ensino. Durante a pandemia de 2020, quando as aulas estavam suspensas, a Prefeitura de Manaus contratou a empresa para distribuir cestas básicas (kit merenda) por R$ 11,4 milhões, sem licitação. No ano seguinte, já sob a administração de David Almeida (Avante), Coimbra venceu quatro licitações para fornecimento de merenda escolar, somando R$ 10,9 milhões em contratos.

Em setembro de 2021, o Tribunal de Contas da União (TCU) abriu uma investigação para apurar possíveis irregularidades no kit merenda. Em seguida, a Prefeitura de Manaus suspendeu os pagamentos e deixou de contratar a A Coimbra-EPP. No entanto, outra empresa, a Victor Chaves EIRELI, pertencente ao irmão de Augusto, Victor Chaves Coimbra, passou a receber contratos semelhantes, acumulando mais de R$ 31 milhões na gestão de David Almeida com o fornecimento de produtos alimentícios para a merenda escolar.

Contratos e mudança de empresa

A empresa A Coimbra – EPP, pertencente a Augusto Coimbra, foi beneficiada durante a gestão do ex-prefeito Artur Neto, em 2020, com um contrato de R$ 11,4 milhões para distribuição de cestas básicas sem licitação, em meio à pandemia de Covid-19. Já na administração de David Almeida, a empresa venceu quatro licitações para fornecimento de merenda escolar, somando um total de R$ 10,9 milhões.

Porém, em setembro de 2021, o Tribunal de Contas da União (TCU) determinou a abertura de uma investigação para apurar um suposto superfaturamento de R$ 2,8 milhões na compra de merenda escolar. Com isso, os pagamentos para a A Coimbra – EPP foram suspensos pela Prefeitura de Manaus.

Entretanto, como que em uma espécie de movimentação estratégica, a empresa Victor Chaves Coimbra EIRELI, pertencente ao irmão de Augusto, passou a assumir os contratos com a prefeitura a partir de então. Desde 2021, a nova empresa recebeu contratos que totalizam R$ 31,2 milhões, continuando a fornecer gêneros alimentícios para a merenda escolar da rede municipal de ensino.

Apesar dos milhões em pagamento, a empresa não possui nem mesmo fachada. A empresa se chama Victor Chaves Coimbra LTDA, inscrita sob o CNPJ: 06.276.064/0001-04.

Fachada da empresa Victor Chaves Coimbra Foto: Rafael Oliveira/ Radar Amazônico

Segundo a Polícia Federal, a empresa contratada não tinha capacidade operacional e foi favorecida em um processo irregular, resultando em prejuízos milionários aos cofres públicos.

Além disso, há indícios de que o contrato foi firmado de forma irregular, já que a empresa vencedora não possuía histórico de fornecimento de alimentos para o setor público e sua sede era em local desconhecido.

Em nota, o ex-prefeito Arthur Neto informou que:

“Deixou a prefeitura em 2020, com todas as contas aprovadas por todos os órgãos de controle, e por unanimidade. Reafirma que nunca cometeu nenhum ato desmoralizador”, informa o comunicado.

Investigações

De acordo com a Polícia Federal, as investigações começaram a partir de uma ação popular e auditoriais realizadas pelo Ministério Público Federal (MPF) e pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que identificaram irregularidades na contratação da fornecedora de merenda escolar em Manaus em 2020.

As inistituições apontaram uso indevido da dispensa de licitação, superfaturamento e movimentações financeiras suspeitas entre as empresas envolvidas no processo.

A PF ainda revelou que o esquema criminoso contava com a participação de servidores públicos, empresários e intermediários, que manipularam o processo licitatório para beneficiar a empresa contratada.

Ao analisar a movimentação financeira da empresa, a PF constatou que parte dos valores pagos pela Prefeitura de Manaus foi repassada imediatamente para uma das empresas concorrentes.

Os investigados podem ser responsabilizados por fraude à licitação, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Fonte: G1 AM/ Radar Amazônico

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Reviravolta: Polícia aponta que morte de turista em Jericoacoara não teria sido motivada por gesto feito com a mão https://jornalamdigital.com/reviravolta-policia-aponta-que-morte-de-turista-em-jericoacoara-nao-teria-sido-motivada-por-gesto-feito-com-a-mao/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=reviravolta-policia-aponta-que-morte-de-turista-em-jericoacoara-nao-teria-sido-motivada-por-gesto-feito-com-a-mao Tue, 21 Jan 2025 17:18:15 +0000 https://jornalamdigital.com/?p=443 Vítima usava símbolo de facção em blusa e tentou comprar droga em ‘boca’ de grupo rival, segundo polícia Após um mês do assassinato do adolescente Henrique Marques de Jesus, de 16 anos, na vila de Jericoacoara, no Ceará, a investigação feita pela Polícia Civil do estado aponta uma motivação diferente da que foi divulgada inicialmente. […]

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Vítima usava símbolo de facção em blusa e tentou comprar droga em ‘boca’ de grupo rival, segundo polícia

Após um mês do assassinato do adolescente Henrique Marques de Jesus, de 16 anos, na vila de Jericoacoara, no Ceará, a investigação feita pela Polícia Civil do estado aponta uma motivação diferente da que foi divulgada inicialmente.

O crime tem relação com a rivalidade entre facções criminosas, mas teria sido motivado pelo gesto feito com as mãos pelo garoto em fotos publicadas na internet.

O delegado responsável pelo caso, Júlio Morais, que atua no município de Jijoca de Jericoacoara, revelou que as diligências descobriram que uma camisa com o símbolo de uma facção teria motivado o crime. Em depoimentos os suspeitos apreendidos, até o momento, segundo ele, coincidem com as circunstâncias do crime.

O crime

Um grupo de traficantes assassinou o adolescente em dezembro do ano passado, durante uma viagem de férias a Jericoacoara. A princípio acreditava-se que o motivo teria sido o gesto feito com as mãos feito por Henrique nas fotos publicadas por ele na internet.

O sinal de “três dedos” é visto no mundo do crime como referência à facção Primeiro Comando da Capital (PCC). Um mês depois, após apreender três dos envolvidos no crime, a polícia descarta essa motivação e aponta outra possível. Henrique Marques de Jesus foi agredido, torturado e teve uma orelha decepada por integrantes da facção Comando Vermelho (CV).

De sete suspeitos identificados pela investigação, dois menores já foram apreendidos e um terceiro aguarda decisão judicial para oficializar a internação. Eles relataram que Henrique, na noite de 16 para 17 de dezembro, teria ido ao local onde eles estavam para comprar droga e, assim que chegou ao ponto de venda, o garoto chamou a atenção dos traficantes em razão de uma blusa que ele estava vestindo.

“O Henrique não faleceu em virtude de ter feito um símbolo numa postagem no Instagram. Ele faleceu porque chamou a atenção dos criminosos por estar vestindo uma blusa, que teria um símbolo ou desenho relacionado a um grupo criminoso rival. A partir disso, os criminosos, supostamente, o julgaram integrante do tal grupo e mexeram no celular dele para buscar mais informações”, diz Júlio.

Desenho na blusa

A tal blusa, no entanto, não foi encontrada pela polícia, tampouco o celular da vítima. O desenho na roupa, conforme o declarado pelos envolvidos, seria o de uma meia lua. No vídeo em que o garoto aparece sendo levado pelos traficantes, antes de ser morto, ele já estava sem camisa. No celular, eles disseram ter encontrado imagens de armas, motos e supostos grupos de WhatsApp com referências ao grupo rival.

“Não temos absoluta certeza dessas informações. Não tivemos acesso ao celular da vítima. Ele nunca foi encontrado. A polícia crê nessa informação, porque não houve contradição das testemunhas e ela veio dos próprios envolvidos. Não tem como atestar que ela seja verídica, mas eu acredito que seja”, afirma o delegado.

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Saúde à venda: Empresário citado em escândalos políticos ainda mantém contratos milionários com o governo do AM https://jornalamdigital.com/saude-a-venda-empresario-citado-em-escandalos-politicos-ainda-mantem-contratos-milionarios-com-o-governo-do-am/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=saude-a-venda-empresario-citado-em-escandalos-politicos-ainda-mantem-contratos-milionarios-com-o-governo-do-am Thu, 16 Jan 2025 18:45:21 +0000 https://jornalamdigital.com/?p=324 Júlio Cezar Queiroz é muito conhecido no meio político e já foi presidente do Instituto de Cirurgia do Estado do Amazonas Um levantamento exclusivo mostra que a Queiroz Serviços e Gestão em Saúde, sob CNPJ 02.216.892/0001-98 possui contratos milionários com o governo do estado do Amazonas, segundo o Portal da Transparência desde o ano de […]

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Júlio Cezar Queiroz é muito conhecido no meio político e já foi presidente do Instituto de Cirurgia do Estado do Amazonas

Um levantamento exclusivo mostra que a Queiroz Serviços e Gestão em Saúde, sob CNPJ 02.216.892/0001-98 possui contratos milionários com o governo do estado do Amazonas, segundo o Portal da Transparência desde o ano de 2019, que somam mais de R$98 milhões de reais.

Os serviços de saúde prestados pelas empresas do empresário, Júlio Cezar Furtado de Queiroz, apresentam falhas e não conseguem atender as demandas dos hospitais. A população que depende totalmente da rede pública de saúde é quem mais sofre por causa desse problema.

O que está sendo feito com dinheiro público destinado a saúde? Porque existem tantas falhas nos serviços ofertados por essas empresas? Existe mesmo transparência nas prestações de contas dos milhões que são destinados a saúde pública do estado?

Júlio Cezar é muito conhecido no meio político como grande lobista e tem favorecido suas empresas com contratos milionários devido a sua influência no meio político amazonense.

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Foto: Arquivo pessoal

Envolvido na Operação Sangria?

No ano de 2020, a Polícia Federal (PF) realizou uma visita ao escritório de advocacia Cruz, Queiroz, Bernardino & Azevedo Advogados, que tem entre os sócios Rafael Furtado de Queiroz, que é sócio e filho de Júlio.

De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), a visita ao escritório em questão se deu no mês de outubro daquele ano como parte do desdobramento da Operação Sangria, que investigava possíveis irregularidades nos contratos para a aquisição de respiradores pulmonares no combate à Covid-19. O escritório que foi alvo da PF seria um dos locais onde eram realizados os encontros reuniões do vice-governador na época, Carlos Almeida Filho.

Na época, Júlio Cezar já possuía diversos contratos com o Governo do Estado do Amazonas (muitos na área da saúde), recebendo ao longo do período a quantia de mais de R$ 27 milhões.

Defendeu condenado na Operação Maus Caminhos

Júlio Cezar Queiroz também foi uma das testemunhas de defesa no processo da Operação Maus Caminhos, deflagrada pela Polícia Federal (PF) em setembro de 2016. A operação investigava o desvio de mais de R$100 milhões da saúde do Amazonas e resultou na cassação do ex-governador José Melo.

Vale ressaltar que naquele ano as empresas em que Júlio é sócio já prestavam serviços para o governo e ele era presidente do Instituto de Cirurgia do Estado do Amazonas (ICEA). Conforme a receita Federal, o empresário possui participação societária em seis empresas, entre elas no ramo da medicina.

Na época da Operação Maus Caminhos, o empresário e médico Mouhamad Mustafa, apontado como o líder da organização criminosa listou suas testemunhas de defesas e entre elas estava o então ex-presidente do Instituto de Cirurgia do Estado do Amazonas (ICEA), Julio Cezar Furtado de Queiroz.

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Mouhamad Moustafa – Foto: Divulgação

Busca por favorecimento na prefeitura?

Segundo informações que estão disponíveis no Divulgacand do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), durante as eleições municipais do ano de 2024, Júlio foi o maior doador da campanha de Amom Mandel (Cidadania) à Prefeitura de Manaus.

Júlio Cezar Queiroz, realizou uma doação no valor de R$ 137.000,00 (centro e trinta e sete mil reais), para financiar a campanha de Amom. A doação dele, corresponde a 39.04% dos valores de doação e foi realizada por Cadastro de Pessoas Físicas (CPF).

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Deputado Federal Amom Mandel – Foto: Divulgação

Com um passado que o “condena”, sendo citado em escândalos na saúde do Amazonas, é perceptível que por meio “amigável” o empresário em questão desejava ganhar mais contratos, só que dessa vez na prefeitura de Manaus e pelo que sabemos, não deu certo. Existem evidências de que algo de errado está acontecendo na saúde pública do estado e somente com uma investigação minuciosa em cima dessas empresas seria possível descobrir para onde está indo todo esse dinheiro, pois o valor pago não condiz com os serviços ofertados por empresas como esta que tá sempre no meio de falcatruas.

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Sócio de empresa que presta serviços de saúde para o Governo já esteve envolvido em escândalo político https://jornalamdigital.com/socio-de-empresa-que-presta-servicos-de-saude-para-o-governo-ja-esteve-envolvido-em-escandalo-politico/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=socio-de-empresa-que-presta-servicos-de-saude-para-o-governo-ja-esteve-envolvido-em-escandalo-politico Tue, 14 Jan 2025 22:18:29 +0000 https://jornalamdigital.com/?p=270 Júlio Cezar Queiroz defendeu condenado na Operação Maus Caminhos O empresário e médico, Júlio Cezar, popularmente conhecido como “Júlio Boi”, é um dos sócios da empresa Queiroz Serviços e Gestão em Saúde Ltda., sob CNPJ 02.216.892/0001-98, criada em 1997, empresa esta que mantém contratos milionários com o Governo do Amazonas que somam mais de R$14 milhões […]

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Júlio Cezar Queiroz defendeu condenado na Operação Maus Caminhos

Foto: Reprodução

O empresário e médico, Júlio Cezar, popularmente conhecido como “Júlio Boi”, é um dos sócios da empresa Queiroz Serviços e Gestão em Saúde Ltda., sob CNPJ 02.216.892/0001-98, criada em 1997, empresa esta que mantém contratos milionários com o Governo do Amazonas que somam mais de R$14 milhões de reais, prestando serviços de saúde para o Estado.

Lembrando que o empresário em questão foi uma das testemunhas de defesa no processo da Operação Maus Caminhos, deflagrada pela Polícia Federal (PF) em setembro de 2016. A operação investigava o desvio de mais de R$100 milhões da saúde do Amazonas e resultou na cassação do ex-governador do Amazonas, José Melo.

Na época, Júlio Cezar era presidente do Instituto de Cirurgia do Estado do Amazonas (ICEA) e a empresa em que ele é sócio também prestava serviços para prefeitura de Manaus, mas acabou perdendo contrato devido envolvimento no escândalo.

Maus Caminhos

A Operação Maus Caminhos foi deflagrada pela Polícia Federal em setembro de 2016, para desarticular uma organização que desviava dinheiro do Sistema Único de Saúde (SUS), no Amazonas.

De acordo com a investigação, a organização desviada recurso público do Fundo Estadual de Saúde e faziam o pagamento de propina para agentes políticos e servidores públicos em troca de facilidades dentro da Administração Pública Estadual.

Aproximadamente R$112 milhões foram desviados pela organização e utilizados para aquisição de bens como avião a jato e shows particulares de bandas famosas.

Onde entra Júlio Cezar?

Na época da Operação Maus Caminhos, o empresário e médico Mouhamad Mustafa, apontado como o líder da organização criminosa listou suas testemunhas de defesas.

Para testemunhar em sua defesa, Mouhamad convocou: o ex-secretário de Administração do Governo (Sead) Evandro Melo; os ex-secretários de Saúde (Susam), Wilson Alecrim, que comandou a pasta por cinco anos, e Pedro Elias, que permaneceu à frente da secretaria por um ano e meio; e o ex-chefe da Casa Civil, Raul Zaidan.

Ele convocou também na época o presidente da Comissão Geral de Licitação do Governo do Estado (CGL), Epitácio de Alencar e Silva Neto, e o ex-presidente do Instituto de Cirurgia do Estado do Amazonas (ICEA), Julio Cezar Furtado de Queiroz.

Foto: Mouhamad Moustafa (Reprodução)

Doador na campanha de Amom Mandel

O empresário também foi o maior doador da campanha de Amom Mandel (Cidadania) à Prefeitura de Manaus no ano de 2024, segundo informações disponibilizadas no Divulgacand do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Julio Cezar, realizou uma doação no valor de R$ 137.000,00 (centro e trinta e sete mil reais), para financiar a campanha de Amom. A doação dele, corresponde a 39.04% dos valores de doação, seguido pelo próprio deputado federal Amom Mandel que doou R$ 100.000,00 (cem mil reais) seguido do advogado Darden Klinger Colares Liborio que doou R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais). Todas as doações foram realizadas por Cadastro de Pessoas Físicas (CPF).

Foto: Divulgacand TSE

‘Hipocrisia’

Na ocasião, Amom alegou em redes sociais, que o recurso do financiamento público de campanha poderia ser investido na saúde ou educação. Porém, mesmo sem usar dinheiro público, no ranking dos candidatos que mais arrecadaram recursos, Amom Mandel foi o quarto colocado, com R$ 535,8 mil, entre os sete candidatos que disputaram à Prefeitura de Manaus. A origem da maioria dos recursos foi o fundo eleitoral.

Questionado durante lançamento da candidatura em agosto de 2024, Amom explicou que prestaria conta de todas as doações feitas à campanha. Em 2015, o STF justificou a proibição do financiamento privado argumentando que tais doações desequilibraram a disputa eleitoral. No ano seguinte, o Congresso Nacional criou o fundão que, neste ano, é de R$ 4,9 bilhões.

Foto: Saulo Menão/Cidadania

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Empresa que foi investigada pela PF mantém contratos milionários com a prefeitura de Manaus https://jornalamdigital.com/empresa-que-foi-investigada-pela-pf-mantem-contratos-milionarios-com-a-prefeitura-de-manaus/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=empresa-que-foi-investigada-pela-pf-mantem-contratos-milionarios-com-a-prefeitura-de-manaus Mon, 13 Jan 2025 19:27:17 +0000 https://jornalamdigital.com/?p=200 Grupo Bringel foi alvo da Operação Maus Caminhos por desvio de recursos da saúde e lavagem de dinheiro Há 42 anos no mercado, o Grupo Bringel surgiu como uma empresa especializada em vendas de medicamentos, no município de Manacapuru, localizado na região metropolitana de Manaus. O Grupo que oferece serviços hospitalares para a prefeitura de […]

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Grupo Bringel foi alvo da Operação Maus Caminhos por desvio de recursos da saúde e lavagem de dinheiro

Há 42 anos no mercado, o Grupo Bringel surgiu como uma empresa especializada em vendas de medicamentos, no município de Manacapuru, localizado na região metropolitana de Manaus. O Grupo que oferece serviços hospitalares para a prefeitura de Manaus foi alvo na quarta fase da Operação Maus Caminhos, realizada em outubro de 2018 pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Público Federal (MPF), que apurava desvio de recursos da saúde e lavagem de dinheiro.

Na ocasião, o empresário foi preso, enquanto as investigações apuravam o desvio de verba da saúde pública do Estado. A operação teve como alvo pessoas físicas e empresas, dentre elas o Grupo Bringel, que era responsável por prestação de serviços hospitalares. Durante uma coletiva de imprensa, realizada naquela época, foi mostrado que o Grupo Bringel tinha um contrato com o governo estadual, firmado no governo de José Melo, que chegava a R$ 552 milhões, sendo que deste total, foi identificado fraude no valor de R$ 140 milhões.

Foto: Amanda Guimarães

Denúncias

O proprietário do Grupo Bringel responde na Justiça Federal por peculato e organização criminosa. O MPF no Amazonas o denunciou, em 2019, por desvio e apropriação de recursos públicos em prol da Bioplus, mediante o recebimento de valores sem a devida comprovação de serviços prestados. Além disso, ele é acusado de integrar suposta organização criminosa que teria sido constituída para desvio de verba pública e pagamento de propina a políticos.

O MPF também denunciou Bringel por dispensa indevida de licitação em favor da Bioplus. Porém, em 12 de fevereiro de 2020, a juíza federal Ana Paula Serizawa Silva Podedworny absolveu os réus nesse processo.

Contratos Milionários

A Bringel Medical, de CNPJ 12.417.472/0002-04 possui um contrato ativo com a Secretaria Municipal de Saúde de Manaus, no valor de R$14.681.416,32, para a prestação de serviços de locação de unidades móveis, com disponibilização de mão de obra, desde o ano de 2023.

Mesmo com valores exorbitantes a empresa não consegue oferecer serviços de qualidade e tem sido alvo de inúmeras reclamações da população de Manaus. A SEMSA possui contratos com a empresa desde o ano de 2016, com isso outras empresas que oferecem os mesmos serviços não conseguem contratos, além disso, existe a falta de transparência no uso do dinheiro público.

Foto: Divulgação

Além disso, o prefeito David Almeida que é conhecido como “Rei Davi”, também é investigado pela PF por suspeita de receber propina para favorecer uma empresa em licitações e por favorecer familiares e amigos com cargos e contratos milionários.

Com todos os dados e informações seria necessário ser feito uma investigação aprofundada para mostrar para a população se há ou não transparência nesses tipos de contratos, o povo precisa saber se o dinheiro público está sendo investido em serviços de qualidade.

Enquanto uns são favorecidos, outros padecem

O Ministério Público do Amazonas (MPAM) iniciou um procedimento administrativo para fiscalizar o possível reajuste da tarifa de ônibus na capital, que pode ocorrer ainda este ano. O aumento, que tem como objetivo ajustar os custos do transporte coletivo, foi anunciado pelo prefeito David Almeida e pode elevar o valor integral da passagem de R$ 7,50 para R$ 8,10. Atualmente, os passageiros pagam R$ 4,50 devido ao subsídio da Prefeitura, que cobre a diferença.

O aumento é justificado pela administração municipal como necessário para recompor a remuneração dos trabalhadores rodoviários e equilibrar o sistema de transporte, que recebeu R$ 520 milhões em subsídios em 2024. Segundo David, os custos com diesel, pneus e lubrificantes, além dos reajustes salariais, também foram fatores considerados no estudo para o novo valor.

A cidade segue o exemplo de outras capitais brasileiras, como São Paulo e Florianópolis, que também anunciaram aumentos nas tarifas para 2025.

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